O que dizemos e como dizemos molda crenças e pode influenciar comportamentos, tanto para o bem quanto para o mal. Pensando nisso, o UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas HIV/AIDS) desenvolveu um Guia de Terminologia do UNAIDS.
Conviver com o vírus HIV é diferente de viver com AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas ou outros instrumentos cortantes/perfurantes contaminados, transfusão de sangue contaminado ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
HIV
HIV é o nome do vírus. É uma sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Ele ataca os leucócitos, que são as células brancas de defesa responsáveis por proteger o organismo de doenças. O vírus se insere dentro do DNA destas células, faz milhões de replicações, e segue em busca de outras para continuar a infecção.
AIDS
AIDS é o nome da doença desenvolvida pelo HIV. É uma sigla em inglês para síndrome da imunodeficiência adquirida. É considerada o estágio mais avançado da infecção pelo vírus. Ao destruir as células de defesa, o organismo torna-se mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a tuberculose, por exemplo.
Termos a se evitar
- Vírus da AIDS – Não existe vírus da AIDS, é HIV. (Aliás, não diga vírus HIV – é redundante, o V da sigla significa vírus);
- Aidético – é estigmatizante e ofensivo. Troque por ‘pessoa soropositiva’ ou ‘pessoa vivendo com HIV’;
- Infectado com AIDS – A AIDS não é um agente infeccioso, logo esse termo é incorreto;
- Teste da AIDS – Utilize o termo ‘teste de HIV’ ou ‘teste de anticorpos do HIV’;
- Vítima da AIDS – a palavra ‘vítima’ desempodera e estigmatiza. É aconselhável dizer que a pessoa foi acometida por infecções ou doenças oportunistas decorrentes da síndrome da AIDS;
- Risco de AIDS – ‘risco de infecção pelo HIV’ ou ‘risco de exposição ao HIV’ são mais apropriadas.
Nem todas as pessoas que vivem com o vírus chegam a desenvolver a síndrome, por conta das variações dos sistemas imunológicos de cada indivíduo.
Não existe ainda uma cura para a doença causada pelo HIV, mas os medicamentos, os exames regulares e o acompanhamento clínico são fatores essenciais para manter a doença sob controle e a qualidade de vida desejada.
A ignorância gera medo. A conscientização gera prevenção.
Faça o teste e proteja-se!