Esteja preparado para uma via aérea difícil

As vias aéreas são encarregadas do transporte de ar aos pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas que oxigenam o sangue. Anatomicamente, é dividida em via aérea superior, que se situa fora da cavidade torácica e é constituída pela cavidade nasal, faringe e laringe; e via aérea inferior, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Elas têm funções condutoras e respiratórias.

Vias aéreas difíceis

O controle das vias aéreas é uma das prioridades no atendimento emergencial, junto com a respiração e a circulação.

Um paciente acordado, consciente, capaz de manter uma conversa coerente e com voz preservada certamente tem as vias aéreas desobstruídas. Mas não sendo esse o caso, o protocolo para verificar uma via aérea difícil (VAD) é:

Olhe externamente o paciente

Lesões graves no rosto, microstomia (dimensões diminuídas da boca), queimaduras, traumas de face, macroglossia (língua anormalmente aumentada) devem ser observadas e levadas em consideração.

Avalie o 3-3-2

O paciente deve capaz de colocar três de seus próprios dedos entre os incisivos abertos, três dos seus próprios dedos ao longo do assoalho da mandíbula, começando no mento (ponta do queixo), e dois dedos da proeminência laríngea até a parte inferior do queixo.

Escala de Mallampati

Com o paciente sentado, de boca aberta, avalie se é possível ver palato, úvula e/ou orofaringe. Quanto melhor a visualização, mais fácil para intubar. A escala vai de I a IV, sendo as classes III e IV indicadores de VAD.

Verifique se há obstrução

Procure por sinais de obstrução, especialmente para estridor, rouquidão e disfagia. Epiglotite, câncer de cabeça e pescoço, hematoma no pescoço, edema de glote e obesidade podem ser indicativos de VAD.

Mobilidade do pescoço

É avaliada pela flexão e extensão da cabeça e do pescoço, através de uma sequência de movimentos. Colar cervical, irradiação e artrose são elementos que podem sinalizar VAD. Mesmo nos pacientes sem critérios do protocolo acima, esteja preparado para uma dificuldade imprevista. A recomendação é de haver pelo menos dois equipamentos diferentes para manuseio da via aérea.

Intubação x Via Aérea Difícil

Em teoria, a intubação é um procedimento tecnicamente fácil e direto. Porém, estudos recentes mostraram que 0,5% dos pacientes necessitam da realização de cricotireotomia, ou traqueostomia alta.

Esse índice é maior no setor de emergência, onde aproximadamente 1 em cada 200 a 2 mil casos de anestesia geral eletiva.

A ventilação com dispositivo máscara- bolsa (DMB) é difícil em, aproximadamente, 1 em 50 pacientes submetidos à anestesia geral e impossível em, aproximadamente, 1 em 600. O uso de DMB torna a probabilidade de intubação difícil quatro vezes maior e a probabilidade de intubação impossível 12 vezes maior. 

A questão é tão delicada e importante que tornou-se tema de diversos guias e pesquisas no Brasil.

A Sociedade Brasileira de Anestesiologia publicou em 2003 no Projeto Diretrizes o manual Intubação Traqueal Difícil. Esse projeto é uma iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Em 2018, através do Núcleo SBA Vida, lançou o livro eletrônico Controle da Via Aérea

Videolaringoscópio

O videolaringoscópio é um equipamento que permite a visualização interna da laringe. Devido à pandemia da COVID-19 e à necessidade de intubação de pacientes graves, esse dispositivo tem sido bastante utilizado pelos hospitais na intubação traqueal, para ventilar o paciente com insuficiência respiratória. O vídeo guia o médico no momento da manobra, permitindo que o acesso a via aérea seja seguro, rápido e sem causar danos mais severos aos pacientes.

A intubação traqueal é a colocação de um tubo dentro da traqueia, seja por via oral ou nasal. É um procedimento comum nas unidades de emergência, cuidado intensivo e centro cirúrgico. Por ser invasiva, não é isenta de riscos ou complicações.

A Resolução 2.714, publicada em Diário Oficial em dezembro de 2017 dispõe sobre o ato anestésico. Na seção Dispositivo para cricotireotomia, os equipamentos recomendados para a administração da anestesia e suporte cardiorrespiratório para pacientes submetidos à anestesia são “2. Nas situações de via aérea difícil, o recurso do fibroscópio para intubação traqueal e videolaringoscópio”.

McGrath MAC

O McGrath é o videolaringoscópio versátil e resistente que permite ao operador intubar o paciente de forma segura, instintiva e suave. Indicado para intubações de dificuldade baixa, média, difícil e de extrema dificuldade.

As lâminas permitem que pacientes pediátricos a partir de 2 anos ou pacientes portadores de obesidade possam se beneficiar do uso do equipamento. Pode ser usado tanto no Pronto Atendimento quanto no Centro Cirúrgico ou no CTI, pois reduz o risco de infecção cruzada.

Para reduzir ou impedir os riscos e complicações, é de vital importância que o equipamento utilizado seja confiável, acurado e moderno. E o Mcgrath MAC é tudo isso. Pronto para utilização imediata, possui bateria de longa duração, é resistente a quedas de até 2 metros, tela capaz de reduzir os pontos cegos e fácil de esterilizar.

O McGrath MAC é da Medtronic, líder global em tecnologia, serviços e soluções médicas, e pode ser encontrado aqui na Brakko, junto com as lâminas