Outubro carrega a cor rosa como símbolo da luta contra o câncer de mama. Já o mês de novembro é azul, para simbolizar a campanha contra o câncer que vitima mais homens no mundo: o câncer de próstata. Vamos aprender mais sobre o Novembro Azul.
Novembro Azul: origem
Na Austrália, um grupo de amigos resolveu parar de raspar o bigode em 1999, com a intenção de provocar debate para os cuidados com a saúde do homem. Além do bigode, eles também organizavam ações para levantar dinheiro para instituições de caridade australianas. Esse foi o pontapé inicial para o Novembro Azul.
Em 2011, a campanha estreou no Brasil através da ação do Instituto Lado a Lado pela Vida, inspirada no cirurgião e onco-urologista Eric Roger Wroclawski, que faleceu de câncer de próstata em 2009. Atualmente, a campanha já faz parte do calendário nacional do Ministério da Saúde e é divulgada por empresas públicas e privadas.
Novembro Azul: símbolo
O movimento iniciado pelos rapazes australianos se espalhou pelo mundo e, em 2004, se dá a fundação da Movember, uma organização que arrecada doações para instituições de caridade em mais de 20 países. Movember vem da junção de moustache (bigode) e november (novembro). Além disso, há alguns anos foi criado o No Shave November. Esse é um movimento em que os homens, durante os 30 dias do mês de novembro, deixam de fazer a barba, para incitar conversas e promover a conscientização do câncer de próstata. Assim, o bigode, presente desde as primeiras ações na Austrália em 1999, e um laço azul se tornaram o símbolo da campanha.
Novembro Azul: objetivo
O objetivo da campanha Novembro Azul é o de aumentar a conscientização, o engajamento e a formação de homens mais preocupados sobre a saúde. Campanhas como essas estimulam o debate, a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz.
Só em 2020, no Brasil, mais de 65.000 novos casos de câncer de próstata foram notificados. Aqui, a cada 38 minutos um homem é vítima do câncer de próstata, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer).
Conscientização
Homens procuram menos por ajuda médica do que as mulheres. Uma pesquisa realizada pela da Sociedade Brasileira de Urologia atesta que 55% dos homens pararam de ir a consultas ou interromperam tratamentos médicos durante a pandemia da COVID-19.
Segundo o dr. Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, “ainda não temos como mensurar o impacto que a pandemia terá no número de novos casos, mas é muito importante que os homens estejam atentos aos sintomas que podem indicar o câncer de próstata e procurem imediatamente um urologista. As chances de cura do câncer de próstata são muito elevadas, acima de 90%, quando o tumor é diagnosticado e tratado precocemente”.
O maior objetivo da campanha é alertar aos homens que o diagnóstico precoce de câncer de próstata não é uma sentença de morte. É um aviso, para não deixar de buscar ajuda para primeiros sinais de que há algo errado. Procure um médico de confiança e investigue.